sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Ginástica Rítmica Masculina

 A GR Masculina começou a ser praticada no Japão após a II Guerra Mundial, com o objetivo de ajudar na recuperação do país através da atividade física visando promover a saúde da população. Com base em movimentos vindos da Calistenia e das Artes Marciais, a atividade (praticada na época apenas pelos homens) foi se desenvolvendo, a ponto de tornar-se uma modalidade esportiva. Até que, em 1969, a GR Masculina foi regulamentada pela Confederação Japonesa de Ginástica.
A modalidade passou a ser praticada em diversos clubes e universidades do Japão, e, posteriormente, em outros países do Oriente como Malásia e Coreia do Sul. Depois, outros países tomaram conhecimento da modalidade, sendo realizado, em 2003, o primeiro campeonato internacional de GR Masculina, no qual também participaram países como Austrália, Estados Unidos e Canadá. No mesmo ano, o Japão levou apresentações de GR Masculina para a  Gymnaestrada Mundial de Lisboa (Portugal), com o objetivo de difundir o esporte.
A FIG, mesmo tendo conhecimento da existência dessa adaptação da GR para o público masculino, ainda não reconhece a modalidade, alegando que não há um número suficiente de países praticantes, ainda que outros campeonatos internacionais já tenham sido realizados após 2003, com base nas regras propostas pela Confederação Japonesa.
A GR Masculina, assim como a Feminina, é praticada com a utlização de uma música e a realização de séries, individuais ou em conjunto (conjunto com 6 ginastas na GR Masculina e não 5 como na Feminina), nas quais os atletas devem executar elementos corporais manipulando aparelhos de pequeno porte, para as competições individuais, ou sem aparelhos (mãos livres) para as séries de conjunto.
Assim como na GR Feminina, cada aparelho possui um conjunto de exigências técnicas (lançamentos, balanceios, manejos, entre outros), que devem estar associadas a elementos corporais, como saltos, saltitos, ondulações, equilíbrios, elementos de flexibilidade, entre outros. Quanto mais elementos integrados, maior o nível de dificuldade da série.
Já nas séries em conjunto não são utilizados aparelhos, sendo chamadas séries de mãos livres, onde 6 ginastas também executam os elementos corporais, por meio de movimentos expressivos de dança, Artes Marciais e acrobacias de solo da Ginástica Artística. Aliás, uma diferença fundamental nas GRs é que a GR Masculina exige a realização de acrobacias com fase de vôo (saltos mortais, flic flac, saltos com mergulho) ao contrário da Feminina. De um modo simples, é como se a GR Masculina fosse uma mistura de solo de Ginástica Artística com dança.
Nas séries em conjunto também são exigidas colaborações entre os ginastas, bem como momentos em que os ginastas devem realizar acrobacias complexas de forma simultânea, ou ainda passando por cima uns dos outros ao longo dessas acrobacias.





Questão: "Você acha que o preconceito atrasou o ingresso desta modalidade no quadro mundial de esportes olímpicos? Qual a alternativa para mudar esta realidade?"